Samir Amin - O futuro do maoismo

 

 


 

Samir Amin foi um economista marxista egípcio, participante ativo do movimento comunista anti-revisionista no mundo árabe e importante teórico do imperialismo nos anos 1960-1970. Nas últimas décadas de sua vida, Amin assume uma postura ambígua com o revisionismo chinês, não sem antes deixar algumas obras importantes de economia política.

Em "O futuro do maoismo", que disponibilizamos aqui, Samir Amin comete alguns erros graves que não sem relação com suas posições vacilantes posteriores. Especialmente, Amin não compreende o sentido da Revolução Cultural, a ruptura de linha política na URSS entre o período da direção de Stalin e o de Kruschov e chega a flertar com o revisionismo iugoslavo. No entanto, pensamos que este texto tem também grandes contribuições. Nele, Amin distingue entre três modelos de desenvolvimento para os países coloniais e semicoloniais: I. o capitalista/imperialista; II. um modelo "estatista" e economicista baseado no desenvolvimento e unilateral da indústria pesada; III. o modelo socialista maoista, que busca um desenvolvimento integrado entre agricultura, indústria leve e indústria pesada.

Amin demonstra que o modelo II leva necessariamente à ruptura da aliança camponesa e operária, ao desenvolvimento dos processos de burocratização e, no limite, impulsiona as condições de fortalecimento do revisionismo. Apenas a linha maoista em economia política, como mostra Amin, é capaz de abrir um futuro de libertação para os povos revolucionários dos países coloniais e semicoloniais.

 

https://drive.google.com/file/d/1yXfpJsOVKedfzYYfAyG8yVV6DMPjIr1s/view?usp=sharing 

Comentários